O poder do reconhecimento
por Alvaro Gomes
Certa vez, os líderes de uma empresa de grande porte foram a um treinamento externo com o intuito de trazerem novas ideias para serem implantadas na companhia. Nesse treinamento foi passado a eles um teste muito interessante, e justamente por não terem conseguido resolvê-lo, decidiram por um simples gesto de brincadeira colocar esse teste como última questão em uma prova que foi passada para todos os outros colaboradores.
Esse teste consistia em fazer com que se utilizando apenas quatro traços retos, desse para cobrir nove pontos que ficavam posicionados na seguinte forma estrutural;
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O desafio estava em cobrir todos os nove pontos utilizando somente quatro linhas retas, só que detalhe! Não seria permitido desencostar a ponta da caneta do papel, e todos os traços deveriam seguir uma ordem contínua, ou seja, o segundo traço teria que iniciar exatamente onde acabasse o primeiro, e assim sucessivamente até que se totalizassem quatro traços retos.
Como a prova tinha um tempo determinado, ninguém conseguiu resolver o teste, na verdade, nenhum colaborador se quer deu a mínima pra ele, pois, os próprios gestores disseram que ele não contaria ponto algum na prova. Isso por já crerem que ninguém o resolveria.
Entretanto, um dos colaboradores não conseguia parar de pensar naquele teste. E depois de entregar a prova, ficou quase todo o expediente tentando resolvê-lo em uma folha de papel.
Ele acelerava o seu ritmo de trabalho apenas para conseguir parar por um instante e continuar insistindo nas tentativas. E quando ele achava que já não obteria sucesso, eis que uma luz clareou seus pensamentos fazendo com que ele descobrisse uma maneira de resolver o teste. Foi quando o colaborador se levantou do seu posto de trabalho com o papel em mãos e foi em direção até um dos líderes que havia aplicado a prova.
Ao chegar a mesa do líder, perguntou se a maneira que ele havia feito estava correta. O homem pegou o papel de suas mãos, e após observá-lo por vários segundos, voltou seus olhos ao rapaz e disse:
- Não sei. Você acha que está certo?
E o colaborador respondeu:
- Sim! Eu acho.
Então ele disse:
- Se você acha, então deve estar.
O funcionário retornou ao seu posto de trabalho decepcionado e começou a tirar o atraso que havia deixado por ter ido até a mesa do gestor.
Alguns anos mais tarde quando já estava em uma outra empresa, teve a oportunidade de rever o teste e de fato a maneira que ele tinha feito estava correta.
É interessante como coisas tão pequenas podem ser capazes de chatear tanto, porém, isso nos faz entender o quanto é importante saber reconhecer o esforço de alguém e ter a humildade de dizer para essa pessoa: Parabéns! Você conseguiu.
Sem dúvida para a maioria das pessoas é mais fácil ter despeito do que humildade e respeito. É muito mais fácil diminuir o esforço alheio, do que reconhecer a sua capacidade de ter realizado algo.
Essa é a atitude dos fracos e covardes. Dos maus líderes que ao invés de motivar e de reconhecer o esforço dos outros colaboradores, os desmotivam e os fazem sentir-se diminuídos.
Se você é alguém que busca crescer dentro de uma organização, tornar-se um verdadeiro gestor de pessoas, é necessário que você seja o oposto desse tipo de líder.
É fundamental que você aprenda a reconhecer o bom desempenho de seus subordinados e também busque desenvolver métodos para recompensá-los e para motivá-los.
Acredite!
As vezes um simples reconhecimento é capaz de trazer muito mais satisfação a um profissional do que qualquer retorno financeiro.