O segredo das relações interpessoais
"Nunca se coloque abaixo do homem que controla a empresa em que você trabalha, e muito menos acima do que varre o chão por onde você pisa."
por Alvaro Gomes
Muitos profissionais adquirem o péssimo hábito de olharem para os outros sempre na vertical. Para alguns eles olham para o alto, já para outros, olham para baixo. Fazem isso porque acreditam, ou, entendem que há maneiras diferentes de se dirigirem àqueles que estão acima de seus cargos, para aqueles que estão abaixo.
Sempre considerei esse tipo de conduta como sendo uma forma não inteligente de comportamento, pois, demonstra incoerência, deixando evidente que suas ações caminham na mesma intensidade de seus interesses pessoais.
É o mesmo que dizer que preciso tratar bem o meu chefe porque é ele que pode me ajudar em minha carreira, já o faxineiro da empresa eu posso tratar mal, porque ele não me agrega valor algum.
Burrice! O ser humano é uma fonte de valores, independente de sua posição profissional e, ou, social.
O profissional inteligente é aquele que enxerga os outros sempre na horizontal. Ele nunca se coloca abaixo do que controla a empresa em que trabalha, e muito menos acima do que varre o chão por onde ele pisa. Ele trata a todos com igualdade.
Isso é excelência! Existe melhor maneira de demonstrar autoconhecimento? De mostrar-se empático, seguro e verdadeiro para com as outras pessoas?
Este é o segredo das relações interpessoais. É desenvolver o hábito de olhar sempre na horizontal. E isso não se aplica somente na maneira de nos portarmos aos nossos colegas de trabalho, mas também em nossas vidas, com os nossos clientes, com os nossos amigos, pois, aprendemos a não julgar, a não tratar as pessoas com diferença pela forma em que elas se apresentam. De não deixar que características sócio-econômicas influenciem em nossa conduta ética e moral.
A melhor maneira de se conhecer a índole de uma pessoa é observar como ela trata as outras mais humildes de recursos. Da mesma forma que você só conhece o verdadeiro caráter de um profissional, observando a maneira que ele se dirige aos que estão na base do organograma.